Sim eu sei que demorou, sim está uma treta, sim vai haver mais e sim quero saber as vossas opiniões ^^
A sério não está assim grande coisa, é de o escrever durante a matiné, não liguem, efeitos do sono, se alguma coisa estiver menos bem digam, a sério.
4º capítulo
Tiffany
Antes de entrarmos olhei para a janela que dava para o quarto dela, as paredes tinham umas cores leves de pastel e alguns tons de cor-de-rosa, parecia tão sereno, a mãe dela estava sentada junto à cama, reconheci-a pelo cabelo longo e preto e depois o meu olhar passou para a Alex.
- Tiffany… – senti a mão do Kevin pousar no meu ombro.
Não respondi, estava literalmente congelada no tempo, só queria que nada disto tivesse acontecido, que este dia nunca tivesse começado, que o meu irmão estivesse comigo na praia como era suposto estar e que a Alex não tivesse saído de casa naquela altura.
Atrás de mim o frenesim continuava, como era possível estar tudo na mesma quando havia pessoas a morrer? A sério que não compreendo, estamos a falar de vidas humanas, custa muito terem um bocado de respeito?!
“Hey mas tu vais entrar ou vais ficar aí especada a olhar para ela? Acorda Tiffany, estás quase lá!”
Devagar dirigi-me à porta, agarrei a maçaneta e respirei fundo, acho que nunca me tinha custado tanto abrir uma porta, santo Deus, estava mesmo afectada com isto. Respirei mais uma vez e entrei.
Uma brisa forte empurrou-me para trás e bati contra a porta caindo depois no chão. Mas que raio foi isto? Olhei para a janela do outro lado do quarto, estava fechada.
- Tiffany, estás bem? – a mãe da Alex veio até mim e ajudou-me a levantar.
- Sim, acho que sim. – respondi ainda meio atordoada, coisa estranha.
- Como caíste?
- Hum…. a… – o que é que ia dizer à mulher? Que um vento de algures me mandou contra a porta? Ainda chamava o meu pai para me levar à ala de psiquiatria – tive uma quebra de tensão, tentei agarrar-me à porta mas acabei por cair – sim Tiffany, és um génio, quebra de tensão? Não tinhas mais nada para inventar? Jeesh.
- Mas queres que te vá buscar alguma coisa?
- Não Sarah, deixe estar, eu estou bem agora. – caminhei até à cama, lá estava ela, a minha melhor amiga. – Oh Alex… - sentei-me na borda da cama com cuidado e agarrei a mão dela, não estava quente mas também não estava fria. Se até ali tinha chorado agora deixei mesmo tudo sair.
Alex
- Tiffany! Eu estou aqui, não chores. Maninha, por favor…
Tentei que saísse algum som, algum gesto mas nada! Sabia que nem a Tiffany nem ninguém que tivesse passado neste maldito quarto me podia ouvir, era como se estivesse morta. Credo que arrepio! Mas esta gente não vê que eu estou viva? Claro que não vê, dahh!
Juro que vou matar o idiota que me pôs assim! Oh Amélia do campo, tu estás aqui deitada, ouviste o que os médicos disseram aos teus pais, como é que vais matar alguém neste lindo estado? Perfeito estou mais para lá do que para cá e estou com estes pensamentos estúpidos, valha-me a deusa da moda!
Fogo, como é que isto foi acontecer? Eu não devia estar aqui, ninguém devia estar neste maldito hospital por minha culpa, bem excepto o pai da Tiff mas ele trabalha cá, maldito acidente!
O acidente… aconteceu tão depressa, eu não podia ter feito nada, assim que vi o carro vir na minha direcção, já era tarde demais. Só me lembro das dores que senti e do sabor do sangue na minha boca, tossi algumas vezes e antes de desmaiar só ouvi pneus a chiarem e alguém aflito a perguntar-me se eu estava bem, chamou-me várias vezes e gritou bem alto para chamarem uma ambulância, depois disso não me lembro de mais nada. Bem quer dizer, lembro-me de algumas coisas que ouvi depois da operação, coisas nada boas que me ficaram a atrofiar a cabeça até agora.
Nem posso acreditar que nunca mais vou acordar, pior, nem posso acreditar que os médicos queiram desligar aquilo que mantém viva. A Tiff não sabe disto ainda, sei que não sabe, oh meu Deus como é que ela vai ficar? Ela já está como está, eu não quero abandoná-la, não quero! Preciso dela e ela precisa de mim. E a minha mãe? E o meu pai? E o Mark? Ai o Mark, coitado ele deve estar de rastos, se bem o conheço deve estar a pensar que a culpa foi dele, eu não quero que ele pense que é, até porque não foi.
Oh faz favor! Quero acordar ya? Estão pessoas a sofrer desnecessariamente, bah!!! Sinto-me inútil, vou fazer birra!
Mas agora a sério eu quero que as pessoas vejam que eu estou bem, quero abraçar a minha Tiffany e dizer-lhe que a amo para sempre, quero dar um último beijo perfeito ao Mark e dizer que ele e só ele me conquistou o coração, quero pedir desculpa aos meus pais por todos os disparates que fiz, todas as loucuras que cometi, por tudo o que lhes disse. Dêem-me uma oportunidade de o fazer, por favor, não peço mais nada, calma afinal peço, peço que mais ninguém sofra com isto. Preciso de implorar? Já têm a minha vida o que querem mais?
Sim, estou a falar para o boneco, que seca!
Consigo sentir a mão da Tiff, está quentinha, consigo ouvir o choro dela o que me faz sentir o coração apertado, muito apertado, odeio quando ela chora. Vá lá Alex, tu consegues, dá-lhe um sinal de que ainda estás aqui dentro, qualquer coisa!
Gostaram?
Está muito esquisito?
Digam-me please :)
Beijinhos