Hi everybody! Segundo os Simpsons vocês dizem: Hi doctor Nick! xD
Deixo-vos o 2º capítulo, aviso já que não é um dos meus melhores trabalhos, sinceramente podia ter feito melhor. Mas pronto não está assim tão mau quanto isso (acho eu).
Este é dedicado à Marta ^^
- Kev?
- Sim princesa, precisas de alguma coisa? – ele conseguia mesmo ser perfeito, tinha o melhor namorado do mundo, lindo de morrer e sempre atencioso, até mesmo quando nos chateávamos ele era atencioso, por isso é que ficava sempre tudo bem em pouco tempo.
- Sim. Preciso de ver a Lexie, preciso de estar com ela. Levas-me ao hospital? – sentia-me fraca demais para conduzir, sentia-me demasiado fraca para o que quer que fosse. Só queria chorar até desaparecer tudo, mas não podia, a Lexie precisava de mim, seria muito egoísta se preferisse ficar aqui a chorar enquanto ela está naquele sítio.
- Claro, vamos no meu carro pode ser?
- Sim, depois peço ao Richard para vir buscar o meu.
O Richard é o meu mano mais velho, tinha chegado anteontem de Nova York onde está a estudar medicina, mais um médico para juntar à colecção. O Richard é o tipo de rapaz que todas as raparigas desejavam ter é simpático, divertido, carinhoso, bonito, inteligente, já para não falar que para ele a família é o mais importante. Adorava-o, ele era simplesmente um irmão fantástico, nunca foi arrogante ou mauzinho para mim e a nossa relação sempre foi excelente.
Nos dias em que ele vem a casa aproveitamos para matar saudades e para fazer algumas coisas que faziamos antes de ele ir embora tipo jogar bowling (ele perde sempre mas não desiste) ou ir à praia, mas hoje ele teve de ir não sei onde, ter com não sei quem, fazer não sei o quê, por isso vim ter com o Kevin ao parque.
- Vamos Tiff? – perguntou carinhosamente dando-me a mão e conduzindo-me ao carro.
- Vamos…
Demorámos cerca de 10 minutos a chegar, o ambiente estava pesado e ainda nem sequer tinhamos saído do carro, sentia a Alex mais próxima de mim, talvez fosse disso. O Kevin saiu mas eu deixei-me estar sentada, não fiz um único movimento e deixei as lágrimas correrem, uma vez mais, pela minha cara, não devia nem podia estar assim, onde é que eu estava com a cabeça? A Alex não ia gostar nada de me ver chorar ia logo dizer: “Tiffany, por amor à deusa da moda, não chores estás a borrar a maquilhagem toda!” ou “ Fofinha chorar não resolve nada, acredita uma vez chorei imenso para conseguir sair de um castigo e nicles, por isso toca a sorrir!”, sim a minha melhor amiga é completamente doida, mas é a única que me consegue pôr a rir nos momentos mais difíceis.
Nem dei pelo meu namorado abrir a porta, senti um arrepio, ele baixou-se, com uma das suas mãos agarrou a minha e com a outra limpou-me as lágrimas.
- Ela está à tua espera princesa, ela precisa de ti lá. Não vais ficar aqui, pois não? – a voz dele era tão calorosa…
- Não, eu aguento – tirei o cinto e esperei que ele se afastasse para eu sair – mas preciso que estejas comigo, pelo menos até saber como ela está.
- Estarei mesmo ao teu lado. – dito isto beijou-me como forma de apoio e eu retribuí, ele fazia-me bem, aqueles beijos faziam-me bem. Pus uma mão no seu peito e afastei-o quebrando assim aquele beijo que me tinha deixado um bocadinho melhor.
- Anda, está na hora de eu ir fazer algo de útil pela Alex.
Quando entrámos apercebi-me porque é que hospitais não combinavam comigo, o cheiro a desinfectante deixava-me zonza, nada que eu não aguentasse, era uma questão de hábito, outra coisa que me incomodava era ver a tristeza daqueles que esperavam notícias dos médicos, odiava mesmo aquele tipo de ares mas, graças ao meu pai, passava muito tempo neste hospital. Todos os que ali trabalhavam conheciam-me, é o que dá ser a filha mais nova do director do hospital, consideravam-me uma boneca e era só miminhos para aqui e para ali, e sim posso dizer que me aborrecia tremendamente.
- Tiffany, que surpresa ver-te por cá! – uma voz feminina esganiçada saiu detrás da recepção, era a Samantha, uma mulher que tinha os seus 40 e tais anos, tinha olhos verdes e cabelo castanho claro, ela trabalhava à anos para o meu pai e conhecia-me desde sempre, embora nunca tenha gostado muito dela, ela fazia questão em me dar graxa cada vez que eu aqui vinha.
- É normal que eu venha cá, visto que a minha melhor amiga foi internada, Samantha. – nesse momento fraquejei e se o Kevin não me estivesse agarrar pela cintura tinha caído, ainda me custava dizer aquilo.
- É verdade, o teu pai disse-me, lamento muito.
- Ela ainda está viva, não precisa de lamentar nada! – gritei e larguei-me a chorar outra vez, não me lembro da última vez que estive assim tão sensível.
- Tem calma Tiff, a Samantha não queria dizer isso.
- Não queria mesmo peço desculpa, eu vou ligar ao teu pai para vir ter contigo… - a mulher estava atrapalhadíssima, tal é o estado em que eu consigo deixar as pessoas.
Fui-me sentar numa das muitas cadeiras que ali estavam e o Kevin foi buscar-me um copo de água com açúcar para ver se eu me acalmava, só de pensar que estou tão perto da Alex causa-me apertos no coração.
Olhei em redor, vi uma senhora com um bebé ao colo, uma rapariga que não devia ser muito mais velha do que eu, um senhor de fato, duas senhoras já de idade a abraçarem-se e um rapaz com vinte e poucos anos ao pé da máquina dos doces. Gostava de saber o que se tinha passado com eles, o que teria acontecido para aqui estarem. A rapariga veio sentar-se ao meu lado.
- Olá sou a Jennifer. – o que é que ela queria?
- Tifanny.
- Reparei que começaste a chorar quando a recepcionista te disse qualquer coisa, estás bem? – e o que é que isso te interessa? Nem sequer me conhece e quer saber como estou, isto vai lá vai.
- Depende do que achares bem, a minha melhor amiga está entre a vida e a morte algures neste hospital, o meu namorado foi buscar-me não sei o quê e deve ter-se perdido pelo caminho e agora estou a falar com uma estranha, sim eu acho que estou bem! – levei as mãos à cara, fui um bocado bruta ao dizer aquilo.
- Eih não precisas de ser assim, eu vou já embora! – levantou-se da cadeira coitada via-se que ficou mal, bolas Tiffany hoje fazes tudo errado!
- Desculpa, não devia ter sido assim contigo, senta-te por favor.
- Tens a certeza? Eu posso me ir sentar noutro sitío e…
- Sim Jennifer tenho a certeza, senta-te. – ela sentou-se e olhou para mim – Mais uma vez desculpa, não queria ter sido tão bruta.
- Não faz mal, já sabes alguma coisa da tua amiga?
- Só sei que está em coma e em estado muito crítico, estou à espera do meu pai para ele me dar mais promenores. E tu porque estás aqui?
- A minha mãe tentou matar-se, está agora a ser avaliada por um psiquiatra, já não é a primeira vez que ela faz isto, – desviou o seu olhar para a porta que dava ao corredor para a ala de psiquiatria, vi uma lágrima a cair pelo seu rosto, lágrima essa que ela limpou de imediato – passamos a vida nestas andanças e a culpa é daquele homem nojento que se auto-denomina meu pai.
- Posso perguntar o que é que se passou? – ela acenou afirmamente – Então, o que é que se passou?
- O meu pai faz-nos a vida negra, anda sempre bêbado, o dinheiro que a minha mãe consegue ganhar rouba-o para ir beber e fumar, depois chega a casa a altas horas da noite e vai bater nela, quando ela ameaça que vai fazer queixa à polícia ele diz que me mata, porque sabe que eu sou demasiado importante para a minha mãe e que se eu estiver em perigo ela faz tudo para me salvar, até aguentar aquele verme e tudo o que ele lhe faz. Isto faz-me sentir um fardo para a minha mãe, ela só sofre porque tem medo de me perder e isso não é justo… - ela não chorava mas consegui perceber a raiva que a voz dela transmitia, conhecia-a à minutos e já a admirava pela sua força.
- Wow Jennifer, eu nem sei o que dizer, e eu a pensar que tinha problemas, como é que consegues aguentar?
- Muita força de vontade e o apoio de alguns amigos, não vale a pena andar aí a chorar pelos cantos, não me ajuda em nada. – olhou para mim outra vez e sorriu – Obrigado por me ouvires, sendo eu uma estranha.
- De nada, falar com estranhos costuma ajudar, acho eu. - tentei retribuir o sorriso mas saiu qualquer coisa sem jeito, não conseguia sorrir, não hoje.
- Bem, se não te importares eu vou ter com a minha mãe. Vemo-nos um dia destes, gostei de te conhecer.
- Não me importo, além disso o meu pai já aí vem. Também gostei de te conhecer.
Ela levantou-se e foi até à porta para que estava olhar à momentos, virou-se e acenou, movimento que fiz também. Quando dei por mim estava um homem alto e bem parecido à minha frente, tinha vestida a típica bata branca de médico e trazia o estetoscópio ao pescoço, os seus olhos eram azuis meios cinzentos e o cabelo era castanho, o meu pai era o único que não era loiro e estava sempre a dar graças por isso.
Levantei-me e abracei-o, sabia que ele tinha estado com a Alex, senti o seu perfume, aquele que ela tanto adorava, Love Pink da Lacoste.
- Vou fazer uma pergunta um bocado parola – a maneira dele ser deixava-me mais descontraída - como estás querida?
- Sobrevivo, quando recebi a notícia foi mesmo o pior. – o meu telemóvel que o diga, deixei-o cair e estragou-se - E a Alex, como é que ela está?

Richard Stuart

Jennifer Hodges

Paul Stuart
So do you like it?
Fico à espera dos vossos comentários,
digam-me tudo ^^
Bjs,
Cat